Um pouco de história: Canal Campos - Macaé

HISTÓRIA DO CANAL
Considerado o segundo maior canal artificial do mundo, em extensão, perdendo somente para o Canal de Suez, com 163 km e a frente do Canal do Panamá, com 82 km, o canal Campos – Macaé foi construído na primeira metade do Século XIX pela idéia de Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, bispo de Olinda.

A concepção do projeto foi erroneamente atribuída, ao longo dos anos, ao Visconde de Araruama, seu próprio filho, João José Carneiro da Silva, barão do Monte de Cedro, atribuiu a ideia ao bispo de Olinda citado e também a José Silvestre Rabelo.

Coube ao Visconde de Araruama a defesa da utilidade de sua construção como forma de escoamento da produção de cana-de-açúcar, e como comunicação entre a cidade de Campos e a então Vila de São João de Macaé, possibilitando assim a substituição do porto de São João da Barra, considerado perigoso pela foz do Rio Paraíba do Sul, pelo Porto de Macaé.

Antes da construção do Canal a produção era escoada através de carros-de-boi ou por via marítima, através da Lagoa Feia, já que a segunda opção seria a utilização do porto de São João da Barra que tinha percursos mais extensos e não atendiam às fazendas em Quissamã e Carapebus.

Em 1844 a obra estimada em dois mil contos de réis em que o barão de Araruama foi contratado para a empreitada com comissão formada por seu irmão, o primeiro barão de Ururaí, presidente da comissão que tinha como engenheiro responsável, o tenente-coronel Ernesto Augusto César Eduardo de Miranda, foi iniciada utilizando a mão-de-obra de escravos vindos da Africa e com exigência contratual de 30 palmos à flor d'água (cerca de 6,60 metros de profundidade), o que causou o desmoronamento de certos trechos, onde demandou o seu alargamento.

Em 1858, apesar de ainda em obras, o canal já era utilizado para o transporte de mercadorias e de passageiros em Macaé, com balsas de toras de madeira, taboados, pranchas e canoas.

Tendo sua obra concluída em 1861, O Canal Campos-Macaé foi objeto de Tombamento Provisório pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultura (INEPAC) em 2002. Um projeto para a sua recuperação vem sendo o ponto de partida para incentivar o turismo histórico e ecológico e o desenvolvimento sustentável da região Norte Fluminense.

Fonte:
http://ururau.com.br/cidades4041_Canal_Campos_–_Macaé_recebe_obras_de_revitalização_no_trecho_de_Campos

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